sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Versofagia: Criolo Doido


Os versofágicos – verso (relativo a linhas de poema ou se você achar melhor o verso de tudo que se conhece o "no verso da embalagem") & fagia (do grego, phagein: come) - são devoradores de poesia, poemas, música, teorias e lógicas, ilegíveis ao senso comum.

Em 2011 lançou seu segundo disco, Nó na Orelha, gratuitamente através da internet e mudou seu nome artístico para apenas "Criolo". 'O disco vai além do hip-hop do passado de MC (no qual assinava Criolo Doido) e traz canções que transitam entre samba, soul e reggae.
Produzido por Daniel Ganjaman e Marcelo Cabral, o álbum está repleto de músicas feitas para dar "sarrafadas na cabeça de quem ouve", segundo o cantor, em entrevista ao jornal 'Folha de São Paulo'. Em cada uma delas, Criolo expõe sua alma. Toda a composição se amarra em imagens poéticas e ataques críticos com rimas crônicas - muitas vezes irônicas - e quem escuta navega junto.



sábado, 7 de abril de 2012

“Ai como eu sou bandida!” - Questão de concurso público?


TV É CULTURA?

Qual foi a frase que deixou a personagem Valéria, do programa Zorra Total, famosa? Qual o nome da atriz que fez a protagonista Griselda em Fina Estampa, novela da Rede Globo? Essas foram algumas das questões abordadas no concurso público, realizado no dia 25 de março, para a contratação de funcionários para a Prefeitura Municipal de Cambé (16 km de Londrina). As perguntas estavam na parte de conhecimentos gerais para a prova de gari.

            O caderno de provas, feito pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), do campus de Cornélio Procópio, continha 40 questões, sendo dez delas na categoria de atualidades. Das dez perguntas, metade era sobre entretenimento.

Os candidatos deveriam saber ainda qual a música que o jogador do Real Madrid, Cristiano Ronaldo, dançou após fazer um gol contra o Málaga, pelo Campeonato Espanhol (opções: A) “Ai se eu te aperto”; B) “Ai como sou esperto”; C) “Ai delícia”; D) “Ai se eu te pego”; E) “Delícia, delícia, assim você me mata”); qual dupla sertaneja anunciou seu fim durante um show, mas depois alegou ser um mal-entendido; e qual foi a novela da Rede Globo que a cantora Paula Fernandes participou antes de ser famosa.

Além dessas, algumas outras questões curiosas apareceram, por exemplo, o candidato deveria escolher ”Qual o agente transmissor da dengue?” entre as seguintes opções:


A) Aedis Egípcio; B) Aedes Egipt; C) Aedis Etílico; D) Aedes Aegypti; E) Aedis Agipidi.

            Jornalistas da região ficaram surpresos com o conteúdo abordado, principalmente por ter muitas questões sobre a Rede Globo. Para o jornalista Walter Ogama, não é porque a prova é feita para um gari que as perguntas devem ser sobre programação televisiva. Ele considerou a situação preocupante e alegou ser necessário que seja tomada alguma medida. A Prefeitura Municipal de Cambé divulgou, por meio da assessoria de imprensa, que ainda estuda como proceder diante da polêmica.

QUESTÕES RELACIONADAS A REDE GLOBO?! GENTE É SÓ ISSO QUE NOSSO POVO PRECISA SABER, EDUCAÇÃO PRA QUÊ? SOMOS AUTO-DIDATAS, LIGUE A TV E APRENDA!


 UMA PALAVRA MANIPULAÇÃO ! FICA A DICA...

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Versofagia: George Orwell - A Revolução do bichos

Os versofágicos – verso (relativo a linhas de poema ou se você achar melhor o verso de tudo que se conhece o "no verso da embalagem") & fagia (do grego, phagein: come) - são devoradores de poesia, poemas, música, teorias e lógicas, ilegíveis ao senso comum.

 George Orwell, foi um escritor e jornalista inglês. Sua obra é marcada por uma inteligência perspicaz e bem-humorada, uma consciência profunda das injustiças sociais, uma intensa oposição ao totalitarismo e uma paixão pela clareza da escrita.  Apontado como simpatizante das propostas de auto-gestão ou autonomismo, a sua crença no socialismo democrático foi abalada pelo "socialismo real" que ele denunciou em Animal Farm.

Livro: Revolução do Bichos (Animal Farm)
Narra uma história de corrupção e traição e recorre a figuras de animais para retratar as fraquezas humanas e demolir o "paraíso comunista" proposto pela Rússia na época de Stalin. A revolta dos animais da Manor Farm contra os humanos é liderada pelos porcosSnowball (Bola-de-Neve) e Napoleon (Napoleão). Os animais tentam criar uma sociedade utópica, porém Napoleon é seduzido pelo poder, afasta Snowball e estabelece uma ditadura tão corrupta quanto a sociedade de humanos.



Desenho animado produzido na Inglaterra que faz adaptação do clássico de George Orwell.
Assistir via You tube legendado:

Livro, televisão e a qualidade do conteúdo


Por todo lugar, o livro tornou-se um objeto símbolo do conhecimento, do saber, chegando a ser venerado por letrados.Desde o clássico “desligue a TV e vá ler um livro” ou variações como “saia do Orkut e vá ler um livro”, ou talvez a falácia “Pelo menos estão lendo alguma coisa, melhor do que ver TV”.A TV, por outro lado, virou símbolo de alienação e burrice.Os dois extremos carregam os equívocos e erros de interpretação cometidos por esses “intelectuais”.

Primeira coisa a entender são os princípios da comunicação: o emissor, mensagem, meio de comunicação e o receptor.

Vamos ilustrar com duas situações:
1)Situação I : Temos o emissor, que é uma rede de televisão.Temos o receptor, que é um telespectador.Temos o meio, que é a TV.Temos a mensagem, que é o programa X.

2) Situação II : Temos o emissor, que é o autor de um livro.Temos o receptor, que é o leitor.Temos o meio, que é o livro.Temos a mensagem, que é um resumo escrito do programa X.

Pergunta: Qual é menos alienante: o programa ou o livro?É óbvio que se um for, o outro também será.Já que a mensagem é a mesma, não importa o emissor, o receptor ou o meio de comunicação.
A mensagem é o que define o caráter do que é emitido, não o meio.É esse o grande equívoco de muitas pessoas.Elas usam o raciocínio de que nos livros encontram-se as maiores fontes de cultura, quando na verdade um livro pode transmitir tanta porcaria quanto uma TV.

Assim como uma TV pode ensinar, educar.Só porque poucos leem, não quer dizer que qualquer livro deve ser transformado em um santo esclarecedor das pobres almas incultas.Pelo contrário, muitos livros são instrumentos de massificação cultural, assim como muitos sites e muitos programas.Enquanto muitos pensam que um livro ruim pode abrir portas para os livros bons, se enganam.O mundo da leitura acaba ficando limitado aos best-sellers de pseudo escritores, pois boa parte do público alvo dessa categoria não consegue expandir os seus horizontes.Assim, os clássicos ficam restritos a uma minoria letrada e esquecidos nas prateleiras.

Uma outra “minoria”, um pouco maior, engole o grande mercado literário instalado.O resto se limita às leituras obrigatórias ou a nada.Não que isso seja necessariamente terrível, o problema não é a pessoa deixar de ler. É a pessoa deixar de beber de qualquer fonte de conhecimento.Não interessa se essa fonte saiu do computador ou de uma televisão.
A seguir as principais categorias de leitores no Brasil: 

1- Leitores dos clássicos
Geralmente são universitários, professores ou especialistas. Mais ou menos 10% dos leitores.

2- Intermediários entre os clássicos e leituras básicas + best-sellers e booms literários.
Ainda constituem uma minoria de letrados, estudantes e alguns poucos jovens.

3- Leitores dos Best-SellersSão a segunda maior massa de leitores ativos.
É uma massa bastante heterogênea, englobando jovens, adultos, diversos profissionais, leigos.Apesar disso, ainda não constituem uma maioria e não alcançam grande parte das massas mais pobres.

4- Intermediários entre os Best sellers + Não leitores ou somente quando obrigados
Esses possuem um costume menor de leitura.Pegam às vezes um best seller, outras vezes não.São leitores irregulares e também heterogêneos, englobando uma massa bastante variada de profissiões, classes, idades.

5-Não- leitores ou leitores somente quando obrigados
Essa é a categoria que definitivamente não lê nada.No máximo em situações de pressão escolar.

Assim, tudo é uma questão de ponto de vista.Se dessa massa, alguns buscam informações em outros meios, não podem ser considerados incultos, burros, alienados.
O livro é apenas um meio que eles não gostam, não existe nenhum problema nisso.Enfim, os defensores dos livros têm “meia razão”.
Por um lado, eles desejam uma melhora na cultura do país.Por outro, eles acabam caindo no preconceito contra os outros meios alternativo, ignorando a importância de qualquer forma de expressão existente, seja ela a dança, os programas de tv, os livros, os sites ou qualquer outra.

A criação de mitos modernos

As dinâmicas culturais contemporâneas apropriam-se dos mitos por serem imagens arquetípicas, ou seja, presentes no inconsciente coletivo. No entanto, essas dinâmicas expandiram sua capacidade, criando novas imagens e mitos modernos. Essa expansão recria a realidade, fazendo com que muitos indivíduos percam a noção histórica desses processos culturais.

O Papai Noel da Coca- cola
De acordo com o documentário da revista superinteressante, Mundo Cola, o bom velhinho foi resultado de uma construção sobre a imagem de São Nicolau. Essa construção foi promovida pela marca coca-cola, que recriou o papai noel e foi responsável pela sua massificação. O mito do papai noel é tão fortemente reproduzido em filmes e propagandas que a sua imagem é mais presente que a de Jesus no Natal.
Em uma cena do documentário Super Size Me ( Super Size Me – A dieta do palhaço, EUA, 2004),  Morgan Supolock apresenta para crianças imagens famosas na cultura ocidental . As crianças são questionadas e respondem que não sabem de quem se trata. Uma delas chega a “chutar” George W Bush. Supolock vira a foto e vemos a imagem de Jesus Cristo. Ao mostrar Ronald McDonald, personagem criado pela empresa de fast food McDonald’s, todas as crianças rapidamente o reconhecem. A estratégia de marketing empreendida pelo Mc Donalds para seduzir o público infantil tornou a imagem da marca tão popular que as pessoas desde cedo começam a perder a noção e o conhecimento de fatos históricos. Essas crianças não sabem quem é o presidente do próprio país, mas sabem quem é o personagem de uma rede de fast food.Da mesma forma, em uma pesquisa realizada no Reino Unido, uma em cada 20 crianças revelou uma total distorção e desconhecimento da Segunda Guerra Mundial. Muitas acharam que Auschwitz era um parque de diversões e que Adolf Hitler foi técnico de futebol.
A ausência de uma verdadeira discussão do papel histórico está invertendo rapidamente os valores na sociedade. Numa visão pessimista, as próximas gerações provavelmente não entenderão quem foi Jesus e o que é Natal ou Páscoa. Não entenderão porque repetem comportamentos passados, porque esse conhecimento vai ter se perdido. O resultado é que os símbolos acabarão como imagens ocas, sem significado algum. Não se entenderá porque somos assim, simplesmente vai se reproduzir o discurso já existente. Sendo assim, o homem perderá aos poucos a própria razão do ser, questionamento filosófico básico, que a memória coletiva transformou em uma discussão ao longo da História. Voltaremos às nossas origens ou superaremos esse drama moderno?

Vamos Samplear: Partidos políticos, Juventude e redes sociais


Partidos políticos, Juventude e redes sociais

Hoje os jovens estão exigindo muito mais participação e democracia do que os partidos políticos.Os partidos e os sindicatos são organizações construídas com base na revolução tecnológica industrial. Foram, por longos anos, a única e a melhor forma de catalizar de forma coletiva os pensamentos e ideologias para uma ação política efetiva. Sozinho, ninguém chega a lugar algum, e isso continua valendo. Estas organizações mediam e intermediam a relação entre os diversos interesses individuais e coletivos, através do “programa”, e representam estes interesses junto à sociedade.

Os movimentos sociais em rede, pós-internet, são formados por indivíduos conectados em rede, que manifestam suas opiniões e movem suas ações na perspectiva do engajamento coletivo, sem a intermediação de qualquer organização. Aliás, a Internet veio para questionar o papel de todas as organizações intermediárias. A indústria fonográfica que o diga. As formas de organizações da era industrial e as organizações de indivíduos conectados em rede, típicas da sociedade em rede, conviverão. Uma não substitui a outra.

É que nos últimos anos, em todo mundo, os partidos políticos e os sindicatos têm tido menos capacidade de mobilização coletiva do que os movimentos sociais em rede. E isso não é somente porque os programas dessas organizações estão defasados ou que não contemplam os interesses dos coletivos. Atualizar os programas dos partidos é importante, mas não será o suficiente para engajar a geração atual na forma de organização hierárquica dos partidos. Estes jovens estão, cada vez mais, experimentando novas formas para organizar suas ações políticas coletivas, utilizando a plataforma da Internet como base. E isso tem dado resultado. Como o que ocorreu nas eleições dos EUA, com o uso da internet pelo chefe da campanha de Barack Obama, Sam Graham-Felsen. Jovens que não são obrigados a votar, tomaram contato com as idéias e propostas de Obama pela grande rede, e foram as urnas americanas.

Os partidos ou sindicatos não estão descartados como forma de organização política. Acontece que agora existem NOVAS formas de organização política. As novas formas de organização social (indivíduos conectados em rede) e as velhas (partidos e sindicatos) vão conviver, mas como organizações distintas.

As velhas organizações não podem ter a pretensão de englobar ou cooptar as novas. Terão que conviver, lado a lado, mas cada uma com a sua dinâmica própria. As dinâmicas das redes são distintas das dinâmicas partidárias. Não há como enquadrar as dinâmicas em rede nas hierarquias partidárias. Nem é possível que um partido funcione com as dinâmicas horizontais e sem hierarquias como nas redes.

O sucesso das organizações da era industrial (partidos e sindicatos) foi justamente o de organizar as pautas e as lutas de forma hierárquica e aprovadas por maioria. Nas dinâmicas em redes, raramente há votações para hierarquizar as ações. Funciona por adesão voluntária. A proposta com maior adesão avança na prática e mobiliza. Assim tem sido as experiências da última década.No entanto, as dinâmicas dos movimentos em rede ainda tem sido incapazes de estabelecer uma nova ordem. Pelo menos por enquanto. Os partidos sim, estabelecem uma nova ordem, assumem o poder e governam. Não é difícil imaginar que no futuro teremos experiências de uma nova ordem a partir de dinâmicas sociais em rede. Vivemos uma transição da era industrial para a era das sociedades em redes. As velhas formas e as novas conviverão, mas são distintas formas de organizações. Aliadas? Antagônicas? Complementares?O certo é que existe, neste momento, uma tendência e um potencial global democratizante, que questiona os limites da democracia representativa e que aponta para uma nova democracia participativa, tendo a internet como plataforma de mobilização e viabilização desta nova relação direta dos cidadãos com a democracia.

Abaixo uma comparação entre as características dos partidos & sindicatos com as redes sociais:
Edição do texto original ( http://odiluvio.blogspot.com) Maria Angélica

Versofagia: Legião Urbana

Os versofágicos – verso (relativo a linhas de poema ou se você achar melhor o verso de tudo que se conhece o "no verso da embalagem") & fagia (do grego, phagein: come) - são devoradores de poesia, poemas, música, teorias e lógicas, ilegíveis ao senso comum. Mais do Mesmo é a segunda coletânea da banda brasileira de rock Legião Urbana. Foi lançada em 1998 após morte do líder da banda Renato Russo e o fim da banda. Todas as músicas foram escolhidas por Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá e retiradas dos oito álbuns de estúdio da banda.



No encarte, há um texto de Arthur Dapieve, jornalista musical e amigo de Renato Russo, em que ele define os discos da banda como: “o politizado Legião Urbana, o amoroso Dois, o irado Que País é Este 1978/1987, o religioso As Quatro Estações, o sombrio V, o reflexivoO Descobrimento do Brasil, o deprimido A Tempestade e o redentor Uma Outra Estação